sexta-feira, novembro 10, 2006

15.Balcão.

Balcão.



Enquanto isso no balcão Alceu e Alcides Benevides trocam impressões sobre...
- E aquela mulher Cides?
- Como você é curioso Alceu!
- É. Ela parece ser gente fina!
- Finíssima, elegantíssima íssima!
- Vocês ficaram juntos?
- Tá bom Alceu pela milésima vez te conto.
- Não estou forçando a barra, mas folgo ao ouvir essa historia...
- Tudo bem. Veja bem Alceu, por todas as qualidades dela e o cara impressionante que sou,( risos) nossos encontros, olhares, esgares, beijos e a não formalização de um namoro acabaram por despertar um interesse imenso nos outros a respeito da historia e para somar ia numa crescente mania pela narrativa, pus-me a narrar, para audiências várias e muito interessadas. Chegou um momento que eu e ela não conseguíamos mais produzir tantos novos capítulos que ia eu feito um Benedito Rui Barbosa entremeando, primeiro fatos que facilmente eu fazia acontecer, as vezes nem queria sair com ela,mas a historia era um “bebebe” a céu aberto e já me queriam ver com ela para ver nosso silêncio, embotados um no outro, depois pequenas invenções possíveis... não posso negar que nos usamos todo o tempo. Como se usa um papel higiênico. Só que por uma qualquer circunstancia esse papel higiênico era nada mais nada enos que umas folhas de papel bíblia arrancadas das obras completas de Carlos Drumond, lidas com paixão e desespero antes de enfiá-las literalmente no cu.
- É foda né Cides!
- Põe foda nisso Alceu!
Balançaram as ambas cabeças e brindaram.
- Saúde! Ambos disseram.

Nenhum comentário: